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Bruxismo: Causas, tratamento e sintomas

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Bruxismo: Causas, tratamento e sintomas

Bruxismo: Causas, tratamento e sintomas

O bruxismo é uma parafunção caracterizada pelo contato não-funcional dos dentes, ou seja, hábitos que não devem ser feitos como função essencial da mandíbula e da ATM, que são denominados hábitos parafuncionais.

Podemos citar como exemplos os hábitos de roer unha, morder tampa de caneta, mordiscar lábios, ranger dentes, abrir coisas com dentes, segurar objetos com dentes, como o costume das costureiras de segurarem agulha nos dentes, entre muitos outros. Os dentes devem apenas se enconstar no momento da deglutição, até mesmo durante a mastigação eles não se encostam, pois o alimento está entre eles, e quando o sistema nervoso capta a mensagem que um dente tocou o outro é o momento que ele nos informa que já devemos engolir o bolo alimentar.

Ou seja, bruxismo e apertamento são problemas dentários ligados a movimentos mandibulares anormais, que na teoria a mandíbula não deveria fazer. Todos esses hábitos parafuncionais podem ocorrer de forma consciente ou inconsciente, manifestando-se pelo ranger ou apertar dos mesmos. Não é uma doença, mas quando exacerbada pode levar a um desequilíbrio fisiopatológico do sistema estomatognático.

O bruxismo acomete homens e mulheres igualmente, é menos frequente entre os idosos, e pode ser observado já na infância. Ele é considerado o terceiro distúrbio do sono mais comum, porém pode ocorrer também durante o dia, onde chamamos de bruxismo diurno, também chamado de briquismo ou bruxismo em vigília, e normalmente está relacionado às atividades que exigem esforço físico ou muita concentração, e situação de estresse ao longo do dia, e em muitos casos o paciente não tem consciência de que faz esse apertamento durante o dia. Essa pressão pode provocar desgaste e amolecimento dos dentes. Nos casos mais graves, podem ocorrer também problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula.

Na maioria das vezes, a pessoa só sabe que é portadora de bruxismo, se alguém lhe contar o que presenciou enquanto ela dormia, ou quando procura assistência médica ou odontológica, porque os sintomas já se instalaram.

Além da avaliação clínica, a polissonografia é um exame importante para identificar o grau do distúrbio e orientar o tratamento.


Causas do Bruxismo

Até hoje não temos um fator específico pelo qual as pessoas desenvolvem o bruxismo, porém existem alguns fatores predisponentes que sabemos que podem levar a isso. Possivelmente, a disfunção pode estar ligada a fatores genéticos, a situações de estresse, tensão, ansiedade, apneia do sono, alguns medicamentos antidepressivos podem ter como efeito colateral o bruxismo, o desalinhamento dos dentes compromete o correto fechamento da boca e encaixe dos dentes podendo ser também um fator, refluxo estomacal quando o ácido gástrico do esôfago passa para a boca também pode provocar o apertar e ranger dos dentes como resposta ao incômodo, ou outros problemas físicos de oclusão ou fechamento inadequado da boca, por exemplo.

O mais comum nos consultórios ultimamente tem sido o alto nível de estresse dos pacientes, por motivos diversos. Por isso é necessário uma avalição criteriosa, uma anamnese completa, colhendo todos os detalhes e queixas do paciente para que seja possível obter o diagnóstico correto. É recomendado também que o paciente pratique algum exercício físico para liberar a tensão, existem aplicativos que nos lembram de tempo em tempo de observar se estamos com os dentes travados e apertando, e mais uma série de possíveis tratamentos que abordaremos mais a diante.


Tratamento para o Bruxismo

Não existe ainda um tratamento para curar o bruxismo, mas alguns métodos podem ser utilizados para aliviar a dor e os sintomas da doença. O mais comum é a placa dentária de proteção, ou placa miorelaxante que é usada durante a noite para restringir os movimentos da mandíbula, evitando o desgaste dos dentes e contribuindo para a redução de dores.

Além disso, dependendo da causa do bruxismo, o tratamento pode ser feito com toxina botulínica, aparelho ortodôntico para correção de mordida, medicamentos, fisioterapia facial, técnicas de relaxamento muscular e até quiropraxia.

Quando associado ao transtorno de ansiedade e depressão, pode ser tratado com métodos de relaxamento e uso de antidepressivos em casos específicos.

Sempre, de fato, deve-se ter um tratamento multidisciplinar, não é somente a placa que vai resolver o problema na maioria das vezes, o lado emocional deve ser trabalhado concomitantemente.


Sintomas do Bruxismo

Além do desgaste e amolecimento dos dentes, dor de cabeça é o sintoma mais comum do bruxismo. Isso acontece porque a compressão exagerada dos dentes pode levar à isquemia dos vasos que entram no ápice da raiz e depois à necrose dos vasos, dos nervos e da polpa dentária.

Outros sintomas do bruxismo são dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço, na mandíbula e nos músculos da face por causa do esforço realizado pelos músculos da mastigação, estalos ao abrir e fechar a boca, alterações do sono. A intensidade e a frequência das crises podem variar de uma noite para outra.


Bruxismo em crianças

O bruxismo na infância é uma parafunção cuja prevalência tem aumentado na atualidade, desde 1970, vários estudos têm mostrado que distúrbios disfuncionais do sistema mastigatório, em crianças e adolescentes, são comuns e parecem aumentar com a idade, e é de extrema importância que sua detecção seja efetuada o mais precocemente possível, para diminuir as consequências ruins que podem surgir.

Os hábitos parafuncionais mais comuns analisados em crianças foram roer as unhas e chupar o dedo, e podem causar alterações das estruturas do sistema cranio-cérvico-mandibular.

Porém, é muito difícil definir quando o desgaste dentário é uma consequência de uma atividade funcional ou de um hábito parafuncional. Esta dificuldade é mais acentuada quando se observa a dentição decídua, em que o desgaste das superfícies do dente é fisiológico. Além disso, pode ser provocado por muitos outros fatores, como regurgitação ácida, saliva, e fatores dietéticos e parafunções oclusais.

Isto é especialmente verificado na dentição decídua, onde as superfícies oclusais estão sujeitas a desgaste fisiológico. Por isso podemos dizer que existe uma dificuldade maior de diagnósticos em crianças sobre se é bruxismo ou desgaste dentário por algum outro fator. A frequência do ranger dentário aumenta até à idade dos 7 aos 10 anos, e em seguida diminui com a idade, muitas vezes resolvida com a erupção da dentição secundária.

O diagnóstico correto do bruxismo infantil tem um grau de dificuldade elevada, como mencionado anteriormente, pois o ranger dos dentes pode estar presente num elevado número de crianças assintomáticas. Por outro lado, crianças que não apresentem este habito parafuncional de ranger os dentes podem queixar-se de alguns sintomas de DTM´s, que não estão associados a esta parafunção, o que dificulta o diagnóstico.

Existem tratamentos que são utilizados pelos médicos dentistas, desde a utilização de goteiras de relaxamento, realização de ajustes oclusais da dentição, a técnicas psicológicas, passando por uma terapêutica farmacológica.

Em ambos os casos, se criança ou adulto, o profissional dentista deve ser consultado.

Texto escrito por Daniela Toreto, Técnica de Saúde Bucal, e estudante de odontologia.

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